Uma coisa do freak do Caeiro que deve ser tomada como referência para os que gozam de ser Portugas.

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo ... por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura ...

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Aos 12 anos, enquanto estudante num colégio católico, Fidel Castro enviou uma carta a Rosevelt pedindo 10 dólares, uma nota verde.
Seria o mundo um lugar diferente se ele a tivesse recebido?

No dia 6 de Novembro de 1940, o menino Fidel Castro enviou uma simpática carta ao presidente norte-americano, onde pedia “uma nota verde de 10 dólares americanos”.

Fidel Castro, que hoje é o ícone vivo da luta anti-capitalismo, nem sempre se portou como um inimigo dos Estados Unidos. Na afável e cordial carta escrita a Franklin Delano Roosevelt, então presidente americano, o tom é tudo menos hostil.

A carta timbrada com o selo do Colégio de Dolores e manuscrita em inglês, numa impecável caligrafia de criança, inicia-se com um genuíno “meu querido amigo Roosevelt”, para, de seguida, reconhecer com humildade não dominar perfeitamente o inglês: “não sei o suficiente, mas sei o que preciso para lhe escrever”. Fidel aproveita para partilhar com o amigo americano que adora ouvir rádio e que ficou muito feliz com a reeleição de Roosevelt para um novo mandato.

“Uma nota verde de 10 dólares”
Na parte seguinte da carta, o menino de 12 anos vai directo ao assunto: “Se quiser pode enviar-me uma nota verde de 10 dólares americanos na carta, porque eu nunca vi uma nota verde de 10 dólares americanos e gostava de ter uma”. Assim que a carta perde o tom obsessivo em relação à “nota verde de 10 dólares americanos”, o jovem estudante escreve a sua morada, sempre acreditando no envio da tão desejada “nota verde de 10 dólares americanos”.
De seguida, explica que não sabe muito de inglês, mas domina o espanhol, e que o seu interlocutor não deve perceber muito de espanhol, embora domine o inglês, “porque o senhor é americano e eu não sou americano”. A história encarregar-se-ia de dar uma dimensão universal a esta frase.

No fim, já depois de ter assinado numa caligrafia trabalhada e imponente, “o seu amigo Castro. Fidel Castro”, e em estilo post-scriptum, o jovem cubano refere ainda uma das mais-valias da sua ilha natal – o ferro. E oferece-se como cicerone dos americanos para lhes mostrar “as maiores minas de ferro da terra. Elas ficam em Mayari, Oriente, Cuba”. A sua terra natal. O objectivo seria os americanos fornecerem-se de ferro para a construção dos seus navios. Aí, sim, choveriam as tais “notas verdes de 10 dólares americanos”.

Resposta sim, nota não
A História, contudo, não se compadece com os sonhos ingénuos das crianças e, em Outubro de 1962, com Fidel Castro à frente dos destinos de Cuba, o mundo esteve à beira de uma guerra nuclear. Mísseis armados com ogivas nucleares soviéticas estavam prontos a ser usados, caso os Estados Unidos tentassem uma invasão à ilha. Foram 14 dias em Outubro, que poderiam ter sido os últimos.

Quanto à carta propriamente dita, andou perdida durante algum tempo, tendo sido encontrada por uma investigadora há escassos anos. Neste momento, encontra-se arquivada nos Arquivos Nacionais Norte-americanos, juntamente com toda a correspondência enviada por crianças aos vários presidentes dos Estados Unidos.

Uma vez que a presidência norte-americana, possui um departamento próprio para lidar com este tipo de correspondência, é certo que Fidel recebeu resposta, mas não a “nota verde de 10 dólares americanos”.

A embaixada americana em Lisboa confirma a existência da carta e que foi dada uma resposta do lado americano. Embora não possa precisar o conteúdo da carta enviada a Castro, o gabinete de imprensa acredita ter sido um modelo «standard», igual ao que se costuma enviar na maioria dos casos.

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(excerto in xpresso - Pedro Chaveca)

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