CURIOSIDADES DA IDADE MÉDIA
Naquele tempo, a maioria das pessoas casava no mês de Junho (início do Verão), porque, como tomavam o "Primeiro Banho" do ano em Maio, em Junho o cheiro ainda estava mais ou menos.
Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham o costume de carregar "bouquets" de flores junto ao corpo, para disfarçar.
Daí... vem o mês de Maio como o "mês das noivas" e a célebre origem do "bouquet"...
Os banhos eram tomados numa única tina, enorme e cheia de água quente...
O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa...
Depois... sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, segundo a ordem de idade, as mulheres, também por idade e ... finalmente as crianças ...
Assim, os bebés eram os últimos a tomar banho...
Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebé lá dentro...
É daí que surge a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente, "não deite fora o bebé juntamente com a água do banho", que hoje se emprega para os mais apressadinhos ...
Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem - cães, gatos e outros animais de pequeno porte como ratos e até besouros... (Quem não gosta de lugar quentinho...???)
Quando chovia e surgiam as goteiras os animais pulavam para o chão...
Assim, a nossa expressão "está a chover a cântaros" tem a sua equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs"...
Os mais endinheirados, possuíam "loiça" de estanho...
Certos tipos de alimentos como o tomate, oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada...
Assim, durante muito tempo, o tomate foi considerado venenoso...
Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou whisky...
Essa combinação, por vezes, deixava o indivíduo "KO"... (numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho).
Quem passasse pela rua pensava que o fulano estava morto, recolhia o corpo e preparava o enterro.
O "defunto" era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, de vigília, comendo, bebendo e... esperando para ver se o morto "acordava" ou não...
Daí surgiu a vigília ao caixão ou "velório", que em inglês se diz "Wake", de "acordar"...
Sendo a Inglaterra é um país pequeno e sem espaço suficiente para enterrar todos os mortos, então, os caixões eram abertos, os ossos retirados e encaminhados ao ossário ficando o túmulo para ser utilizado para outro infeliz...
Por vezes, ao abrir os caixões, percebiam a existência de arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, havia sido enterrado vivo...
Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira ao pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava presa a um sino... Após o enterro, alguém ficava de plantão perto do túmulo durante alguns dias...
Se o "morto" acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar...
Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo sino", expressão que hoje é bastante usada ...
Uma coisa do freak do Caeiro que deve ser tomada como referência para os que gozam de ser Portugas.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2004
sexta-feira, 16 de janeiro de 2004
A versão portuguesa do dilúvio (a não perder!)
Um dia, o Senhor, chamou Noé da Silva e ordenou-lhe:
- "Dentro de seis meses, farei chover ininterruptamente durante 40 dias e 40 noites, até que todo o Portugal seja coberto pelas águas. Os maus serão destruídos, mas quero salvar os justos e um casal de cada espécie animal. Vai e constrói uma arca de madeira".
No tempo certo, os trovões deram o aviso e os relâmpagos cruzaram o céu.
Noé da Silva chorava, ajoelhado no quintal de sua casa, quando ouviu a voz do Senhor soar, furiosa, entre as nuvens:
-"Onde está a arca, Noé?"
- "Perdoe-me, Senhor" - suplicou o homem. "Fiz o que pude, mas encontrei dificuldades imensas. Primeiro tentei obter uma licença da Câmara Municipal, mas para isto, além das altas taxas para obter o alvará, pediram-me ainda uma contribuição para a campanha da reeleição do Presidente da Câmara. Como precisava de dinheiro, fui aos bancos e não consegui empréstimos, mesmo aceitando aquelas taxas de juros. Afinal, nem teriam mesmo como me cobrar depois do dilúvio. Depois veio o Corpo de Bombeiros e exigiu um sistema de prevenção de incêndios e alguma ajuda para a compra de uns Helicópteros, mas consegui contornar, subornando um funcionário. Começaram então os problemas com a extracção da madeira, nas áreas ardidas. Eu disse que eram ordens "Suas" mas eles só queriam saber se eu tinha "projecto de reflorestamento" e um tal de "plano de manejo".Neste meio tempo, a Quercus, descobriu também uns casais de animais guardados em meu quintal. Além da pesada multa, o fiscal falou em "prisão inafiançável" e acabei por ter que matar o fiscal, pois para este crime a lei é mais branda. Quando resolvi começar a obra, apareceu a Fiscalização que me multou porque eu não tinha um engenheiro naval responsável pela construção. Depois, apareceu o Sindicato exigindo que eu contratasse os seus marceneiros que ficaram desempregados com este Governo e com garantia de emprego por um ano. Veio em seguida as Finanças, acusando-me em "sinais exteriores de riqueza" e também me multou. Finalmente, quando a Secretaria de Meio Ambiente pediu o"Relatório de Impacto Ambiental" sobre a zona a ser inundada, mostrei o mapa de Portugal. Aí quiseram me internar num hospital psiquiátrico!""
Noé da Silva terminou o relato chorando mas notou que o céu clareava.
- "Senhor, então não vais mais destruir Portugal?"
- "Não!" - respondeu a voz entre as nuvens - "Pelo que ouvi de ti, Noé, cheguei tarde! Alguém já se encarregou de fazer isso!"