Uma coisa do freak do Caeiro que deve ser tomada como referência para os que gozam de ser Portugas.

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo ... por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura ...

domingo, 26 de agosto de 2007

Já um gajo não pode vir de férias que fica tudo maluco

Entrei de férias dia 16 deste profético mês de Agosto de 2007, em que escrevi há atrasado (estou no Porto, daí a verborreia inbicta carago) sobre verão que neste Verão verão que ...

Pois bem, ficou tudo enfarelhadinho com a minha entrada em vacances: o Santos é despachado à força toda quando sempre se disse que ele seria indespedível e chama-se o velhpo capitão para que a àguia voe mais alto; deitam fogo ao berço da cultura Europeia e as pedras mais famosas do mundo actual ainda ardem, coitados dos gregos, nem para lá se consegue ligar, tudo marado e a culpa é de quem? do governo claro está, até lá são como nós, corre mal, culpa-se o governo; venho ao Porto em trabalho e desata a trovejar em Tavira e a chover a cântaros ... deixei lá a famelga de férias ... regresso na quarta de manhã para a espreguiçadeira de praia e para o belo do jarro de Sangria feito como mandam as regras no bar do Sérgio, no SunShine, na Ilha de Tavira e para o lado dos meus mais que queridos; a cena marada das enchentes no país dos norte amaricados está a dar que falar, mas como os habitantes daquilo por lá, anda tudo na ordem dos duzentos e tal quilitos, não deve haver problema em continuarem a sobreviver, pois bem que podem boiar e com o belo do peidinho ainda podem fazer umas regatas sem recorrer a consumo de petróleo e derivados (estou a imaginar os menos magros de barriga para cima a boiarem e ao peido mais forte desatam numa desenfreada acrobacia marítima; estou chateado pois este fim-de-semana é a Festa Medieval em Castro Marim e sem mim aquilo não tem piada, sem este animal aquilo não é o mesmo; e ... então não é que o enCharkoosy do franciú vai castrar quimicamente o pessoal que vai ao rabo às crianças menores?! Ganda maluco, aqui podia-se fazer o mesmo ao pessoal que ainda deambula supenso até novas ordens sobre o tema casapiano, mas sem nada de químicos, só uma machadazita e zzzzzt, tá feito.

Bem, era só para dizer que mesmo baralhado com as viagens de Sul ao Norte ainda respiro.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Todos sofremos, pelo menos os que já atingiram os quarenta e alguns que ainda vão a caminho, porque os há, mas todos sofremos de D.A.D.I.A. - Desordem da Atenção Deficitária na Idade Avançada. Que merda é esta? Explico melhor.

Testemunho vivo de um Dadiano que nos relata através de palavras escritas, aquilo que para ele é considerado um dia normal.

  • Acordei e sentei-me na cama ... cocei-me e bocejei.
  • Calcei as chinelas ... e reparo ... que caraças, são as da minha mulher, mas até que são giras, e penso eu, siga.
  • Fui até à cozinha e fui aquecer o leite mas reparei que os peixes não tinham comido ainda e peguei na lata de comida deles mas o leite ferveu e caiu por fora.
  • Ponho as torradas a fazer e lembro-me que ainda não tomei banho. Ponho a água a correr e reparo que são cinco da manhã ... o que estou eu a fazer às cinco da manhã acordado. Voltei para a cama a adormeci.
  • Porra, que cheiro a queimado é este ... caraças mais às torradas ... pronto, tudo resolvido. Epá, é melhor desligar o gás senão isto ainda explode. O fogão eu limpo depois.
  • O melhor mesmo é ir para o trabalho, penso eu, mas antes decidi lavar o carro: peguei nas chaves e fui em direcção à garagem, quando notei que tinha o correio em cima da mesa.OK, vou lavar o carro, mas antes vou dar uma olhadinha, pois pode ter alguma coisa urgente.
  • Ponho as chaves do carro na escrivaninha ao lado e, olhando para o correio e vejo que tem algumas contas para pagar e muita propaganda inútil, pelo que decido deitá-la fora, mas vejo que o caixote está cheio.Então lá vou esvaziá-lo.
  • Coloco as contas sobre a escrivaninha, mas lembro-me que há um multibanco perto de casa e vou primeiro pagar as contas.
  • Coloco o caixote no chão, pego nas contas e vou em direcção à porta.Onde está o cartão multibanco? No bolso do casaco que vesti ontem. Sempre a mesma coisa, esta minha cabeça.
  • Ao passar pela mesa de jantar, olho para uma cerveja que estava a beber no dia anterior.
  • Vou buscar o cartão, mas antes vou guardar a cerveja no frigorífico.Vou em direcção à cozinha quando noto que a planta no vaso parece murcha, é melhor pôr-lhe água antes.Coloco a cerveja no balcão da cozinha, quando...
  • Ah! Achei os meus óculos! Estava à procura deles há horas! É melhor guardá-los já!Pego num jarro, encho-o de água e vou em direcção ao vaso.Deixaram o comando da televisão aqui em cima! À noite quando a quisermos ligar, ninguém se vai lembrar de procurar na cozinha. É melhor levá-lo já para a sala.
  • Mas... ponho os óculos sobre a mesa e pego no comando.Deito a água na planta, mas caiu um pouco no chão. Deito o comando no sofá e vou buscar um pano.Vou andando pelo corredor e penso que precisava de trocar a moldura deste quadro. Estou a andar e já não sei o que é que ia fazer!!!Ah! Os óculos... fica para depois! Primeiro o pano. Pego nele.Vou em direcção ao vaso, mas vejo o caixote do lixo cheio. Ufffff ...
  • Final do dia: o carro continua por lavar, as contas não foram pagas, a cerveja lá está, quentinha, a planta levou só metade da água, não sei do multibanco, nem onde estão as chaves do carro!
  • Quando tento entender porque é que não fiz nada hoje, fico atónito, pois estive ocupado o dia inteiro!Percebo que isto é uma coisa muito séria e que tenho que ir ao médico, mas antes, acho que vou ver o resto do correio ...
Dá agora para perceber o que um homem faz durante a sua segunda metade da vida e pensar que está tudo bem? Mas, o que é que isto quer dizer afinal? Bem, são coisas de certeza, coisas.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Morrem ambos no mesmo dia mas são noticiados com 24 horas de diferença

Para não haver dúvidas que ambos mereciam o jubilato e o estrelato, não o do ovo, mas a luz das estrelas cinéfilas, Antonioni, ou melhor, a sua família, só divulgou a sua morte 24 horas depois do Ingrid ter batido as botas. Tambem com uma mulher daquelas, vai lá vai.

Deve ter sido uma atitude de coragem para os familiares de Michelangelo Antonioni, gramar com aquela figura, bem que de paterna se tratava, a putrefaccionar-se rapidamente pois os químicos ingeridos para apasiguar as doenças sucessivas não eram os menos maus, a ouvir o barulho das moscas de volta do cadáver, os líquidos a cairem para o chão, a imundice que deve ter sido estar ali a gramar com aquilo tudo, mas adiante.

Ele há coisas que valem mais que a simples dedicação ao culto do horrendo e do sobreatural, sim, porque gramar um morto durante 24 horas sem dizer a ninguém, juntar a familia toda no mesmo local, na mesma sala para que ninguém se chibe e não ter ninguém capaz e habalizado para o tratar ou entrapar, é de doidos, só mesmo os gajos de cenas satânicas é que mamam cenas destas, mas, dizia eu, há coisas que valem mais que a simples dedicação ao culto do horrendo e do sobreatural, há as coisas do envaidecismo, do publicitar e ser o único a ser publicitado, há o orgasmo escondido de ser idolatrado e de idolatrar quem e sem sombra de duvidas neste caso, o merece, mas, guardar a coisa para não haver situação de dualidade de escolha em quem se vai os media debruçar mais ou fotografar mais ... creio é que ninguém da familia da tartaruga ninja tinha vestidos próprios para ir ao funeral do homem, vai daí adiaram a coisa, acho que foi só mesmo isto. Há merdas do caraças.

Mas ficam eternamente no nosso imaginário de coisas boas acontecidas, bem hajam a ambos pela obra deixada.

A fatídica questão assalta-nos muita vez; teremos já atingido a meia-idade? O que é na realidade a meia-idade? Como podemos definir e dizer que atingimos a meia-idade?!

Sabemos de tudo isto, e que chegámos à meia-idade, quando surgem várias situações às quais nos propomos arranjar solução. Por exemplo, diz-se que chegamos à meia idade quando atingimos os 45, mas muita gente há, que ultrapassa uma idade inteira, os 90 anos. Daí a dúvida, existe meia-idade? Existe pois, querem ver?

  • Uma coisa é certa, sabemos que estamos a chegar à meia-idade quando tudo nos dói e aquilo que não dói, é o que já não funciona.
  • Chegamos à meia-idade quando fazemos amor e nos transforma-mos num animal selvagem: numa preguiça.
  • Estamos mesmo lá quando começamos a dizer aquelas merdas dos filmes antigos, das séries, das músicas, e achamos que a Natércia Barreto era fenomenal.
  • Estamos na meia-idade quando a idade se começa a notar na cintura!
  • Na meia-idade ainda sentimos vontade, mas não sabemos de exactamente do que sentimos vontade.
  • A meia-idade é um garante da sua existência quando, os jantares à luz de velas não se tornam mais românticos porque assim não se consegue ler o cardápio.
  • Meia-idade é quando o outro começa a apagar as luzes por economia e não para criar um ambiente de “anda-cá-que-eu-já-te-apanho” connosco.
  • Meia-idade manifesta-se quando, ao invés de pentearmos os cabelos, começamos a "ajeitar" os que sobram.
  • Sabemos que durante a infância, adolescência e por ali aos vintes e tais trintas, é a época da vida em que fazemos caretas para o espelho, mas estamos já na meia-idade pois é a época da vida em que o espelho se vinga.
  • Sabemos que estamos na meia-idade quando tudo aquilo que a Mãe Natureza nos deu, vem o cabrãzanas do Pai Tempo e começa a levar tudo embora.
  • Meia-idade é quando sabemos todas as respostas e já ninguém nos pergunta nada.
  • O que mais chateia na meia-idade é: primeiro começamos a esquecer os nomes, depois os rostos, depois de fechar o zípe, e por aí adiante.
  • Meia-idade, meia-idade é quando pensas que já acabaste de mijar e o pinguinho te prega uma partida.
Há mais merdas a dizer sobre a meia-idade, mas esquece a meia idade e aproveita, relaxa e bem, goza enquanto sabes quem és e te lembras ainda do teu nome, porque piores dias virão!!!

Mas uma coisa garanto que não nos abalará (acho piada a esta palavra ... imagina um gajo grosso a tentar dizer isto com um ar muito sóbrio, a-ba-la-rá, bem) e isso temos a certeza, não há cura para o nascer e o morrer, a não ser saborear o intervalo entre ambas as alturas como deve ser, ao máximo.

Viva o pingo na cueca e o bar onde estivemos ontem ... o ... como é que era o nome?

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