Uma coisa do freak do Caeiro que deve ser tomada como referência para os que gozam de ser Portugas.

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo ... por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura ...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Dia da Independência

Faz hoje 33 anos que acordei sob uma outra bandeira que não a minha. Acordei sob uma bandeira com uma estrela, uma arma AK-47, roda dentada, livro, enxada e tiras rectilíneas de cores que partiam de um canto, era a bandeira de Moçambique.

No Clube de Pesca Desportiva, no dia 24 de Junho de 1975 ao fim do dia, perto da meia-noite, lá estávamos todos alinhados junto ao mastro onde todos os domingos estava elegante a bandeira de Portugal a cumprimentar-nos quando entrávamos no Clube. Era de cortar à faca o ambiente nessa noite. Lágrimas nos rostos dos mais velhos, apreensão vincada nos rostos de todos, raiva contida por muitos e eis que soa A Portuguesa e a minha bandeira era arreada. Eu e mais uns quantos miúdos, a Tónia, a Tixa, a Gi, o Majó e mais uns que não me lembro o nome, fomos buscar a bandeira e entregá-la já não me lembro a quem; eu estava dormente, e se fazia frio naquela noite, recordo-me de vestir uma camisola de malha amarelo-torrado e de ter um emblema com o escudo português e outro com a bandeira de Moçambique presos à camisola ... e eis que soa um grito de VIVA PORTUGAL e quase que em simultâneo as kalashnikov da guarda de honra da FRELIMO apontadas ao meu Pai ... ficámos petrificados ... e mal a bandeira de Moçambique começou a ocupar o lugar da sua antecessora gritou, parece que estou lá, lágrimas nos olhos, a sua voz trémula de emoção, gritou um forte VIVA MOÇAMBIQUE e as coisas serenaram. Foi a despedida e as boas vindas atribuídas a um País que estava a nascer, só que foi, infelizmente, um País nado-morto.

Tudo o que nós criámos naquela terra foi desperdiçado, abandonado e desacreditado pelos antecessores dos que hoje governam e ainda mandam em Portugal.

Terra quente, idolatrada por muitos, pelos que lá nasceram, como eu, pelos que para lá foram e se apaixonaram, foi sem dúvida alguma, uma terra que deu muito. Estas sanguessugas que pseudo-governam e governaram Portugal, muitas outrora exiladas e depois trazidas para a ribalta Lusa pelo cansaço de um povo, encheram-se do bom e do melhor antes de fugirem para Portugal. O resto foi abandonado.

Pena tenho agora daqueles que na altura da Revolução dos Escravos pós Abril de 74, neste Portugal cansado, votaram nos Soares-Santos-Crespos-Coutinhos e demais rapaziada de calibre duvidoso, não tivessem outrora capacidade para antever no descalabro em que iriam caír quando os elegeram donos das independências de África, do cessar fogo das tropas, do regressos dos nossos soldados que ainda hoje nada têm a não ser traumas de guerra. Esses que outrora foram eleitos, ainda hoje são os que mais choram e mamam.

Oh meu Povo, não vos deixais enganar por sorridentes remakes de aberrações. Acho que já chega. À chusma de gente que orquestrou a independência de Moçambique, o meu máximo desprezo pelo alçapão que criaram e pela ousadia que ainda hoje têm em querer enganar descaradamente este meu povo.

Quem torto nasce tarde se endireita. É só o que espero para aquele País fantástico que é Moçambique. Que Viva.

A Bandeira de Moçambique entre 75 e 1983


ABandeira de Moçambique na actualidade

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ficámos atrás de quase todos os antigos mais pobres e mais novos da UE



segunda-feira, 23 de junho de 2008

Todos isentos (nas TVs)


Artigos na Televisão sobre a Isenção de Impostos no Gasóleo (dito) Verde
Terá tido influência e servido de alerta para a imprensa? Até hoje ainda ninguém se tinha debruçado sobre o facto do gasóleo (dito) verde ter um preço igual para barcos de brincadeira e para barcos de verdade.
Espero que tenha tido algum peso, espero pois. E se teve, creio que sim, agitou bem as infra-estruturas governamentais. A tal ponto abanaram, que o Sócretino Ministro dos Transportes e Obras Públicas terá dito que "... esta lei a existir é ilegal ...".
Vamos lá nós entender o que esta rapaziada nos tenta incutir. Fazem as leis (está bem que vem de 99, mas a portaria é deste ano, portanto obedeceu a leitura atenta, ou não?!") e depois quando alguém do meu calibre escreve estas merdinchices, resolvem dizer que a coisa está mal redigida e é ilegal??!! Precisam ou não de embarcar num contentor e ganharem sem sorteio um bilhete só de ida? Acho que sim pois então claro está. Siga.
É bom saber que alguém ainda dá uso ao que outros alguéns se dedicam a escrever.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Todos isentos

É um néctar lêr o que brota da nossa Assembleia da República. Estes mancebos políticos andam mesmo a enramalhetar o País. O que esta rapaziada precisa é de um bilhete só de ida.

Ora bem, leia-se na Portaria n.º 117-A/2008 de 8 de Fevereiro, que "As isenções e a aplicação de taxas reduzidas do imposto sobre os produtos (...) dependem do reconhecimento dos pressupostos e das condições previstas na lei para a concretização do direito ao benefício fiscal.". O Capítulo II desta portaria explica a coisa. Mas leiam que há lá mais.

Isto quer dizer o seguinte: está quase tudo isento no que toca a barcos. Quase todos os marinheiros e patrões de costa, e isso. A malta que tem iates ou barcos de recreio e turismo, paga o mesmo de gasóleo que o pescador que anda a dar no duro para nos trazer o pouco peixe da melhor qualidade que a vaca da UE ainda nos deixa mamar.

Uns adornam-se de marinheiros e poluem as praias, outros trabalham e vivem do que pescam, e o gasóleo tem o preço igual para todos? Quem tem um iate e não produz nada para o País, goza, e brinca com o pescador que anda no mar a vergar a mola? Isto não é normal pois não? Pois, bem creio que não.

Mas os Sócretinos ministros mandam dizer que sim, e, nós enfardamos, regurgitamos e comemos. No meio disto tudo, quem é que fica isento? Pois é, continuam Todos isentos.

quarta-feira, 4 de junho de 2008



E tu, atreves-te?

É preciso ter coragem e ser mesmo bastante desagradável e muito atrevido para dizer “quem utilize os combustíveis que os pague, não os contribuintes”, é preciso ter mesmo descaramento.

Sobre este estonteante tema que nos assalta os lares e serve de parangona jornalística, vem por sua vez envolto em glória, qual salvador da Pátria, um potencial aspirante ao ignorantismo vitalício, ou seja, vem o Ministro da Economia - que acredito deva ministrar outra área que não a da sua tutela -, dizer tamanha barbaridade. Ele que usufrui do erário público como mais bem lhe apraz, sabendo de antemão que os pagadores dos bens e serviços que ele utiliza somos nós, o povo, tem ainda o atrevimento de apostrofar tão energúmena estupidez. Por favor, afaste-se de uma vez por todas e veja para onde está a levar este País que outrora já foi soberbo.

Quanto a nós, o povo, a plebe, sejamos de uma vez por todas a fera que acorda com fome e luta pelos seus intentos. Mostremos que os rapazes que nos governam só gozam connosco se quisermos. Não nos podemos é calar. Façamos como o economista ministro, dizemos umas barbaridades para que nos ouçam e nos dêem atenção e então já somos alguém.

Temos que ser desagradáveis e atrevidos, seguir o exemplo desta Sócretina pessoa, nada de continuar com esta garotice pegada de ficarmos pelas tascas a discutir.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Basta de RiR (III)

Existem cenários dignos de serem mantidos em fotografia para a posteridade. Que alma fabulosa será a que projectou os espaços para brincarmos com o escroto no RiR? Deve ser arquitecto e paisagista, no mínimo, sem menosprezo à profissão, continuem, arquitectem, muito. Delirei com aquele espaço tipo manjedoura para Cavalos Marinhos ...

Cenário macabro, mas que por ser tudo com o propósito de tornar este Mundo melhor, a malta fica ali de pé, em estrela, prende o copo da bela imperialusca nos dentes, e que dentes se viam ali, fica assim .... nnnnnnhhhhh ... de lábios Tina Turnereanos escancarados, como se a sorrir estivéssemos, a olhar uns para os outros, num frente a frente desumano de Cavalo Marinho na mão, ali, desvairadamente a cuspir gasóil, expostos à triste humilhação de ao sacudir as lágrimas ao bichinho, após descer do pedestal urinante, eis senão que nos deparamos com as mãos molhaditas pelos pinguinhos do animal ... espirros.

O dilema: “ ... como pegar no copo com as mãos assim cagadas de salpicos se já me estou a babar por ter esta merda presa aos dentes desde que comecei a mijar ...”, e alguém se apercebe da tua aflição e antecipa-se, acabadinho de despejar tambem o Cavalinho dele e sem as mãos lavadas, ajuda-te, estóico, tu deixas, ele pega no teu copo, tira-te aquele incómodo copo de plástico cheio de cerveja da boca. E tu, cais na realidade e dizes: “... KSEFODA, sé prum Mundo melhor, venha de lá essa ajuda ...” e terminas tudo com um aperto de mão fraternal. Limpas as mesmas às calcitas de ganga e exaltas de alegria, já não tens as mãos molhaditas e estás feliz e aliviado. Entronas a bexiga e respiras de alívio.

Tudo prum Mundo bem melhor caraças. Ahn? Do caraças.

Basta de RiR (II)

Quanto menos coisas levarmos para dentro do recinto das epopeias Medinistas, tanto melhor. É que lá dentro há de tudo, mesmo de tudo.

Fora os hospitais que lá estão montados e o exemplar serviço que os médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar ali prestam aos atrasados mentais que ali querem ir para morrer para tornar este Mundo melhor, fora isto ... estou a exagerar, aquilo é fantástico. Querem lêr?

Passeias-te em slide durante três segundos sobre a plateia do palco Mundo depois de uma espera de duas horas (chato é não podermos atirar com umas fisgadas ao povo que ali vai agarrado aos fios), escorregas numa pista de gelo de aproximadamente trinta metros em cima de uma bóia que consoante o peso do animal que carrega ás vezes nem se move, andas em aranhas voadoras e sais de lá completamente estúpido e a perguntares-te “... mas meti-me nisto porquê ?? ...”, ganhas binóculos na tenda dos Verdes se disseres que amas muito as focas cegas e não vais ao cú a nenhum golfinho autista, borras-te todo com tinta comestível e andas de cabeleira postiça ... pareciam todos os filhos dos meus Rosicólis, ali, de crista levantada, mas foi bonito, parecia uma familía, tudo alegre, e depois vais à tenda do Pôr-do-Sol e levas com uma chusma de alienígenas que praticam o sol-lá-si-dó como poucos.

Mas o melhor mesmo é que nem papel de tabaco precisas levar. Aparece de lá um dos putos que andam de mochila às costas a vilipendiar-te a carteira com cerveja fajuta e podes comprar até mais ou menos vinte gramas de chocolate por cada vez que ele lá te vá encher o copo, até filtros os putos te fazem para não teres trabalho, tens é que pagar e mai nada. Depois dá-te uma caganeira tão grande, destas colina acima numa correria desenfreada e nunca mais voltas a ver o cabrãozito.

Entras no recinto do cagar em grupo mas com segurança reforçada nas saídas e entradas e ficas completamente extasiado. A senhora que está sentada em cima dos pacotes de papel higiénico na conversa com os senhores da Perossegur (que auguram ali a oportunidade de conquistar uma jovem e audaz princesa cuja categoria profissional é a de Técnica de Saúde e Higiene, dasss, bonito ahn?!), está à espera que se cague tudo o que se tem de cagar para repor os stocks.

Basta de RiR (I)

Bem, a ladroagem ao mais alto nível verificou-se nos comes e bebes dentro do recinto do RiR, porra que até arrepia.

Um gajo para apanhar uma narsa valente tem que gastar uns cinquenta euritos aproximadamente, isto para quem se engrossa com pouco porque senão vai muito mais acima (2 € cada imperial mal tirada de 25cl). As paparocas ... puta que os pariu, vão roubar para a estrada. Ah e tal, e é proibido levar a bucha embrulhada no guardanapo e a garrafita da UCAL ou o pacotinho do BONGO também não entra ... nem fruta, que pode ser arremessada e matar alguém ... pudera, tudo pensadinho e simples como Brasileiro de Medina a raciocinar, depois lá dentro a fome e a sede apertam e desaperta-se os cordões à bolsa que é tudo pela causa, por um Mundo melhor.

Melhor para os Medina! Medina, não escrevi mal Medicina, eu disse mesmo MEDINA. Para melhorar o Mundo deles. É como a árvore de Natal daquele banco, ah e tal e quanto custa ... Medina, tunga, para tornar um Mundo melhor, eh eh eh eh ... e o povo fica feliz porque está a ver estrelinhas e tem a maior vagem do Natal de um Mundo que vai ficar melhor.

Somos mesmo poucaxinhos. E o verdadeiro arrepio é ver os papás a levar os filhotes a ouvir aquilo que mais parece uma rã, androgínico do caralho que ainda por cima grita em estrangeiro tipo Tokyo Hotel.

E temos os nossos filhotes que querem ser assim, Deus me valha se esta juventude não tem que levar umas porradas valentes.

Basta de RiR

Tudo prum mundo melhor. Besuntei-me com Frontline e tomei o comprimido para a desparasitação ... enchi-me de coragem e fui ao Parque da Bela Vista participar numa festa que tem como objectivo, dizem, tornar o Mundo melhor.

Ora bem se é para meter isto nos píncaros da Lua, ou seja, se queremos que esta bolinha azul se torne melhor, não deveríamos permitir que se ouvisse o barulho que se tem ouvido no maior festival de música do Mundo, fora, claro está, a Chuva de Estrelas e os Ídolos.

As coisas não melhoram se nos injectarem barulhos tipo 4 Taste, Just Girls, Docemania (conheço tanques de lavar a roupa mais engraçados e de linhas perfeitas, e cepos gosto mesmo é dos de madeirinha, virgem, ali.) e os rebarbados dos Tokyo Hotel, Skunk, pela cabeça a dentro ... ca nuôjo, blagh ... dassssss, e siga mais uma saqueta de Ulcermin que esta merda está a dar-me a volta ao delicatessen estômago da minha prosaica pessoa.Valeu o velhote, grande Rodrigo que nem chegou a utilizar saquinho de soro nem nada. E os meus eternos Biqueirinhos, que fizeram beicinho e tudo ... o gordo do Tim estava tristonho por estar de certeza junto a um cartaz de crianças onde só faltava o Sardanisca e Batatinha, é assim não é ??, e cheio de razão, mas os fiéis seguidores de braços cruzados no ar lá estavam, aplaudindo com todas as forças a nossa selecção Olímpica, apresentada ao povo pelos Xutos.

E vai do baterista .... “aaaaaaaaaaai a minha vida”, e quando disse “Puta”, o relvado arrepanhou-se todo. Ficou tudo encarquilhado com o palavrão. A plebe gosta mesmo é de caralhadas. Raio de povo, caraças pá.

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