Uma coisa do freak do Caeiro que deve ser tomada como referência para os que gozam de ser Portugas.

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo ... por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura ...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Perdidos – filme Timorlesco

Soube-se ontem dia 10 de Fevereiro de 2008, pelas 23 e tal em Portugal, que o lacinhos tinha sido baleado, apanhado de surpresa em casa e parece que o outro também tinha sido emboscado. Normal naquele país, não acham? Tudo à porrada, ninguém se entende, todos se acusam ... é normal andarem aos tiros. São guerrilheiros e assassinos, é normal.

Mas uma coisa me surpreende desde há muito, culpa-se sempre o palhaço criado para o efeito, o fantoche da coisa, e mais uma vez há um estúpido que mama com as consequências. A fama do Reinado parece nunca mais acabar, refiro-me ao Alfredo, ao gajo que supostamente é o responsável da emboscada e ainda por cima é considerado turra pelos turras governantes. Anda fugido e ninguém o apanha, que estranho não é, numa ilha?! Quem será que anda a pagar para ele não ser apanhado? Ainda não pensaram nisso? Aquela merda é uma ilha, pedacito de terra rodeado de água pelos lados, ar por cima e merda por baixo, uma ilha.

Se deixassem a GNR de Sacavém fazer uma incursão pela selva timorlesca, acreditem que até ursos polares destros lá encontravam; agora, vêm as beiças amaricadas da ONU com porta-vozes Bushianos a dizer que o homem foge, que é um guerrilheiro, que está escondido e sabem onde ele está, só que é difícil apanhá-lo e tudo e nada e a selva densa e os amigos e sei-lá-mais-o-quê ... porra, aquela merda não é uma ilha?! Um gajo que a malta queira apanhar, numa ilha, vai esconder-se onde? Na peida de uma vaca sagrada? Mesmo assim depois tem que ser cagado não tem?! Não acredito que numa ilha não se consiga apanhar um suposto criminoso. Tudo bem, adiante, os outros é que são espertos ... e o dinheiro vale muito.

O premiado chegou a terras de saltitões já em coma induzido, pelo sim pelo não, se tiver que morrer já tem meio caminho andado, se for para o salvar, enaltecem-se os serviços prestados e fica tudo em alvoroço porque se salvou mais um hipócrita galardoado.

Vivam os interesses humanitários internacionais, salvem-se os criminosos, punam-se os inocentes pois estes não conseguem fazer-se ouvir. Viva o massacre de Santa Cruz que tanto dinheirinho deve ter dado a ganhar aos gajos que governam aquilo agora. Vivam os acordos de paz e o caraças. Porra que é demais! Já há cura para as cataratas, deixemo-nos de coisas de "ah não vi e tal ...". Só não vê a coisa quem não quer.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Nada que não nos tivesse já acontecido.

É no que damos quando abusamos da erva pura ... olhem o freak do Gilbert ...

Que cena terá tomado este gajo para ficar assim ...

Tenho saudades! Sinto-me com um ataque de saudosismo!

Tou farto!.... Saudades desses tempos... em que a malta só podia falar às escondidas, mas falava! Agora corre-se o risco de ser despedido...

Saudades das bolas de Berlim que rebolavam na praia, com creme, areia, e servidas em pedaços de papel! Isso no Verão! Depois o tempo esfriava, vinha Novembro e a malta até podia dar uso às velhas listas telefónicas e embrulhar uma dúzia de castanhas! Sim... naquele tempo ainda se podiam comprar, que os vendedores não cobravam taxa de luxo por este alimento!

É impressionante como o cerco aperta! Cada vez mais apertadinho! Parece que vivemos numa imensa vagina com o hímen intacto!

Ontem passei-me com uma das politicas dos grandes hipermercados, que obrigam os clientes a colocar qualquer saco que tragam na mão dentro de um saco plástico, selado a quente! Sinto-me um criminoso, a entrar nas traseiras do grande elefante Jumbo, a olhar para as prateleiras e a pensar no que poderei roubar! Neguei-me e apresentei reclamação! Não podem tratar os clientes como potenciais ladrões! Justificação da gestora da loja: "É para protecção dos nossos clientes! Imagine que alguém lhe coloca algo dentro do seu saco..."! Será que se referia a um boletim do euromilhões premiado? Um Rolex de ouro? Um preservativo usado? Ou mesmo um frasco de feijão vermelho marca branca! "É obrigatório..." disse! Obrigatório!!??! Essa palavra dá-me comichão!

Estou mesmo um bocado farto de ver a malta a reclamar enquanto bebe o café e fuma o cigarro na rua, porque já nem isso se pode fazer "como sempre se fez"! Tou mesmo farto! Acho que mais dia, menos dia isto vai ter de rebentar! Tou farto de polícias e meio policias, regras e meias regras, ordens e mais ordens!

E quem tem de obedecer o que faz? NADA! Simplesmente obedece, e fica à espera que o patrão lhe pague o subsídio de férias para ver se pode pagar o seguro do carro! Ou se com o subsídio de natal consegue comprar uns cd's originais aos filhos, porque as cópias são proibidas! O que foi feito dos artistas nos tempos em que comprávamos K7's de crómio e de ferro para gravar as K7's que os nossos amigos tinham?

Viva o comércio de proximidade! Viva a tasca do Zé Manel das Iscas! Viva a padaria da Ti Anacleta! Viva o mini-mercado do Sr. Vicêncio! Viva! Viva! Viva!

Pombo

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Ainda actual, sempre actual, com pequenas diferenças adjectivistas, mas actual

De José mário Branco para o mundo portuga, uma chamada de atenção e um alertar de consciências, que creio ser o que mais precisamos, ser alertados e orientados, bem orientados.

"...Digam lá: e eu? José Mário Branco. 37 anos.
Isto é que é uma porrra! Anda aqui um gajo cheio de boas intenções, a pregar aos peixinhos, a arriscar o pêlo - e depois? É só porrada e mal viver, é?
«O menino é mal-criado», «o menino é pequeno-burguês», «o menino pertence a uma classe sem futuro histórico»...
Eu sou parvo ou quê?
Quero ser feliz, porra! Quero ser feliz agora! Que se foda o futuro! Que se foda o progresso! Mais vale só do que mal acompanhado!
Vá: mandem-me lavar as mãos antes de ir para a mesa, filhos da puta de progressistas do caralho da revolução que vos foda a todos!
Deixem-me em paz, porrra, deixem-me em paz e sossego! Não me emprenhem mais pelos ouvidos, caralho! Não há paciência, não há paciência! Deixem-me em paz, caralho, saiam daqui, deixem-me sozinho, só um minuto! Vão vender jornais e governos e greves e sindicatos e polícias e generais para o raio que vos parta! Deixem-me sozinho! Filhos da phuta! Deixem-me só um bocadinho, deixem-me só para sempre! Tratem da vossa vida que eu trato da minha! Pronto, já chega! Sossego, porrra! Silêncio, porrra! Deixem-me só! Deixem-me só! Deixem-me só! Deixem-me morrer descansado! Eu quero lá saber do Artur Agostinho e do Humberto Delgado! ...
Tenho dito."

Deduzo que a partir de agora muitos saberão que a voz é uma arma fantástica, e se se fizer ouvir através da escrita, acreditem, chega bem mais longe, se for bem dita.

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