A fatídica questão assalta-nos muita vez; teremos já atingido a meia-idade? O que é na realidade a meia-idade? Como podemos definir e dizer que atingimos a meia-idade?!
Sabemos de tudo isto, e que chegámos à meia-idade, quando surgem várias situações às quais nos propomos arranjar solução. Por exemplo, diz-se que chegamos à meia idade quando atingimos os 45, mas muita gente há, que ultrapassa uma idade inteira, os 90 anos. Daí a dúvida, existe meia-idade? Existe pois, querem ver?
- Uma coisa é certa, sabemos que estamos a chegar à meia-idade quando tudo nos dói e aquilo que não dói, é o que já não funciona.
- Chegamos à meia-idade quando fazemos amor e nos transforma-mos num animal selvagem: numa preguiça.
- Estamos mesmo lá quando começamos a dizer aquelas merdas dos filmes antigos, das séries, das músicas, e achamos que a Natércia Barreto era fenomenal.
- Estamos na meia-idade quando a idade se começa a notar na cintura!
- Na meia-idade ainda sentimos vontade, mas não sabemos de exactamente do que sentimos vontade.
- A meia-idade é um garante da sua existência quando, os jantares à luz de velas não se tornam mais românticos porque assim não se consegue ler o cardápio.
- Meia-idade é quando o outro começa a apagar as luzes por economia e não para criar um ambiente de “anda-cá-que-eu-já-te-apanho” connosco.
- Meia-idade manifesta-se quando, ao invés de pentearmos os cabelos, começamos a "ajeitar" os que sobram.
- Sabemos que durante a infância, adolescência e por ali aos vintes e tais trintas, é a época da vida em que fazemos caretas para o espelho, mas estamos já na meia-idade pois é a época da vida em que o espelho se vinga.
- Sabemos que estamos na meia-idade quando tudo aquilo que a Mãe Natureza nos deu, vem o cabrãzanas do Pai Tempo e começa a levar tudo embora.
- Meia-idade é quando sabemos todas as respostas e já ninguém nos pergunta nada.
- O que mais chateia na meia-idade é: primeiro começamos a esquecer os nomes, depois os rostos, depois de fechar o zípe, e por aí adiante.
- Meia-idade, meia-idade é quando pensas que já acabaste de mijar e o pinguinho te prega uma partida.
Mas uma coisa garanto que não nos abalará (acho piada a esta palavra ... imagina um gajo grosso a tentar dizer isto com um ar muito sóbrio, a-ba-la-rá, bem) e isso temos a certeza, não há cura para o nascer e o morrer, a não ser saborear o intervalo entre ambas as alturas como deve ser, ao máximo.
Viva o pingo na cueca e o bar onde estivemos ontem ... o ... como é que era o nome?
Curiosa visão sobre algo tão difícil de definir. Demasiado pessimista, porém...
ResponderEliminarAfinal, o "meio" é o paradigma do equilíbrio, do bom-senso, da virtude.
E há que ver o copo (a vida) sempre meio-cheio, nunca meio-vazio, pois o que verdadeiramente importa é a metade que temos e o que fazemos com ela. Afinal, a idade de cada um de nós não é o tempo que já vivemos mas o que ainda nos resta viver. Aproveitem.