Afinal, agora já é mesmo BOMBA

"Fiz uma bomba incendiária para pregar um susto"

José Esteves declarou finalmente que fez uma bombazita para pôr no avião onde seguia o seu patrão na altura (Sá Carneiro) e mulher bem como o resto das pessoas que sabemos pereceram em Camarate. Ele diz ...

• Quem era o verdadeiro alvo
• Quem deu a ordem
• e o que se diz no relatório dos deputados

O estranho é só agora vir a lume tamanha confissão, coincidindo quase com a passagem dos processos criminais a "prescrevidos"; já Sá Fernandes dizia no eu livro sobre o tema Camarate que o Esteves era o principal suspeito. Mas prendê-lo para quê?! Não havia provas conclusivas, certo?!

E agora? E agora Portugal? Como é que é Portugueses? Como é que se dá a volta ao texto? Prende-se o homem? Paga-se às famílias das vítimas? Prendem-se os incompetentes da justiça tardia? O que fazer?

Que País fantástico nós habitamos (e não estou a dizer que vivemos, pois é difícil viver por cá) e onde tudo ralha e ninguém tem razão e só se prende o culpado quando é ladrão e pequenino. Gosto mesmo disto e dos gajos que me governam há um porradão de anos.

Parece o jogo do monopólio; joga-se, aldraba-se, supseita-se, induz-se, discute-se, acaba-se, dobra-se o tabuleiro, reunem-se as notas, juntam-se as várias casas, olha-se para o adversário com desdém de vencedor burlista e fecha-se a caixa com a tampa toda direitinha; mais tarde devem aparecer mais uns estúpidos que queiram jogar e lá se monta o cenário mais uma vez. A carta que nos liberta da prisão nem sempre calha a quem a ganhou, coisas do jogo.

Era giro ler a Focus desta semana (pag. 122), vem lá um artigo sobre esta nojeira que fizeram ... até mete nojo isto ter demorado tantos anos a ser resolvido. Mas havia muitas familias de gente importante a proteger e não lhes podia faltar nada, tinham que ser protegidos. E apolítica meus amigos, a maldita política ...

Que vergonha.