Uma coisa do freak do Caeiro que deve ser tomada como referência para os que gozam de ser Portugas.

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo ... por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura ...

quinta-feira, 27 de março de 2008

A todos que se julguem dignos de usar do direito de usufruir da plena Portugalidade, aos convidados e visitantes de Portugal

Ilustre gente do Mundo, sabei que apesar de sermos um povo pacato, sereno, acomodado por vezes com as vicissitudes da vida, fervemos em pouca água. A história comprova-o.
À parte de racismos, xenofobias e merdas afins, pois teríamos muito que falar sobre isto, sobre quem é que é o verdadeiro racista e xenófobo e tudo o que daqui advém, vamos pôr as coisas em pratos limpos: seria de todo vantajoso para quem chega e queira ficar em Portugal, que se comportasse de maneira digna e se sujeitasse às regras deste povo encantador que tão bem sabe receber, e dar.
A Vós que entrais em Portugal, clandestinos ou não, de camioneta ou de barco, por mar, terra, de avião ou via parto, seja como seja, atentem bem nisto, que é história, atentem para apreender e aprender:


Antes do 25 de Abril de 1974 - houve uma revolução neste dia, com flores, infelizmente ninguém que deveria ter morrido, morreu -, aqui em Portugal não havia crimes com a grandeza e periodicidade com que se vem assistindo dia após dia, não havia lutas de gangs, melhor, não havia gangs, os bairros eram bairros e nunca se utilizou o termo “gueto”, não havia supermercados russos e de leste nem tão pouco proliferavam as discotecas só de música africana, não havia medo de andar de autocarro durante a noite, de se ser assaltado por um grupo de jovens de etnias mal adjectivadas como minoritárias, não havia ausência de respeito para com as pessoas, não havia discussão sobre a que igreja se ía ou que religião se praticava – nós somos católicos desde sempre -, não havia medo de parar numa estrada e ajudar quem precisasse, não havia medo nem receio de ser ajudado fosse por quem fosse, não existia receio de se viver nem tão pouco medo de sair de casa à noite, fosse para passear o cãozinho ou dar uma volta ao quarteirão depois do jantar, não havia medo de se ser professor, de se ser Pai, não havia medo das amizades que os nossos filhos escolhiam, não havia, não havia antes do 25 de Abril de 1974 a liberdade que tantos apregoam agora haver. Portugal agora é um País livre. Será?!


Antes estávamos livres destes medos, receios, faltas de respeito, assaltos, etc., digo antes porque hoje há a uma liberdade conquistada. E que preço estamos nós Portugueses hoje a pagar por essa liberdade, que só merda nos deu a conhecer.


A vós que aqui entrastes em liberdade, embevecidos pelo gozo de usufruir das qualidades e capacidades de um Povo e País únicos no Mundo, convido-vos a reflectir e a tentarem fazer com que não persistam estes medos, receios, faltas de respeito, assaltos, etc., convido-vos, com a devida liberdade que vos assiste, gozando da mesma ousadia em vasculhar o melhor sítio para se viver e utilizando a mesma facilidade com que entraram em Portugal, convido-vos a poderem, tão facilmente saír, se, claro está, não conseguirem comportar-se como mandam as regras do bom cidadão Português – capaz de um querer ser ordeiro, pacato, amigo, respeitador, honesto -, sendo incapazes desta pequena façanha, ninguém vos prende a este pedaço da Europa livre, o Mundo é enorme e há por certo muitas tocas e pardieiros que vos receberão de braços abertos.

Aos nossos governantes, manifesto o meu descontentamento por estarem a permitir que fodam da maneira como estão a foder a nossa Portugalidade em prol da falsa liberdade em que vivemos. A vós que governais e que sois tambem livres, procurai, todos, todos juntos, um sitio que se coadune com a pretensa liberdade por vós concedida a tão alto preço. Devolvam-nos a Paz e a qualidade de Vida. Não nos ensinem a sobreviver, permitam-nos Viver.

1 comentário:

  1. Eh láaaaaaaa!!!!!!!!!! Sim senhor! A isto chama-se desabafar!
    Concordo com quase tudo o que disseste, como aliás sabes, só te peço que não te esqueças que antes do 25 de Abril, nunca poderias escrever publicamente o que acabaste de escrever. Melhor, nem em privado, quanto mais publicamente... As revoluções, porque são revoluções, trazem de tudo! Coisas boas, isto de poder estar para aqui a botar discurso é uma delas, e coisas más, as tais invasões, nem sempre pacíficas, de pessoas à procura de um naco maior de pão, mas que infelizmente se deixam seduzir por vias mais "fáceis" de o adquirir.
    Por outro lado, tenho que te dizer que isso de sermos, e termos sido sempre, católicos, não é bem assim. Diz antes que nós eramos obrigados a ser católicos e obrigávamos a nossa prole a sê-lo também. Até que uma família sem uma festa de baptizado da criancinha, não era família. Não podia ser!
    Enfim, tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado...

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