Apetece-me pá ... sei lá, ando cá com uma vontade!!!

Hoje ao almoço em conversa com um amigo meu de quarenta e menos do que eu, vai daí e surge o tema da confeitaria caseira.

• Não sei o que se passa comigo, mas apetece-me ter sexo a toda a hora. Já pareço o gajo da série “Os ficheiros secretos” que estupidamente foi aconselhado a ir fazer uma cura para uma clinica especializada, há cada palerma!!! Diz o gajo que está viciado em sexo e pespegam com ele numa cena de comprimidos e parasitismo químico para o resto da vida, há cada animal!!!
• Caga nisso, se ele está viciado e vai prá clinica, que se lixe, olha ... eu devo andar desvairado, transfigurado, louco mesmo, isto anda um desassossego - digo eu –, a mim apetece-me sempre.

Ora bem, o que acontece meus amigos, é que a partir de uma determinada idade, por aí na casa dos trinta e tal quarenta e picos, a vontade de dar uma trepa, uma ou duas vezes por dia, a horas descabidas ou em situações agora consideradas estranhas e praticamente todos os dias, cada vez se torna numa vontade mais acentuada, num vício. É uma vontade inexplicável, transcende o entendimento da mulher, este ser que diz nunca estar satisfeito sexualmente.

 

Ter vontade todos temos, o que acontece é que a vontade é bafejada pela imaginação fértil e pela pueril e desmedida crença que ainda é fácil, todos os dias, conseguir que a vontade se cumpra. Acontece que quando a vontade chega nem sempre é em melhor altura, ou a mulher já dorme, ou estamos num bar e entra um corpo fêmea com medidas que já não nos passam pelas unhas há tempos, ou é a porcaria do filme ou é o e-mail que recebemos, bem, nem sempre quando a vontade vem é acompanhada pela situação correcta ... às vezes é vontade de mijar, ‘tá bem, mas adiante.

 

Chega a ser viciante falar sobre sexo e mamas e pipis rapadinhos e sei la mais o quê, o certo, mesmo certo, é que a malta a partir dos trinta e tal quarenta e picos, já não é o que era e tem é que assumir as merdas como elas são, aguentarmo-nos à jarda e levar a coisa com calma.

 

Acreditem em mim, fazer com que a situação se proporcione é o essencial da coisa. Tudo, sem que haja sequer quaisquer restrições ou impedimentos estúpidos tipo pruridos de “ai que nojo” e “pensas que isto é o quê, chega ...”, merdas do género, se conseguirmos isto, a vontade vem e a malta também.

 

Outra coisa importantissima, os putos ... cabrões pá, gandas cabrões, um gajo chega do emprego, entra em casa, olha para a mulher e ... gandas cabrões pá, os putos são mesmo uns empatas; outras vezes está um gajo ali no sofá a ver um filme com a ... essa, a boa do ... isso, bem, a malta vê a gaja em contra-luz a despir-se, sabendo que a mãe está sentada na sala contígua com o assassino, avivam-se-nos as cores da libido, olhamos para a nossa fantástica mulher ali ao nosso lado e somos assaltados por uma vontade enoooorme de fazer das nossas, como antigamente e saltar pró sofá e ... e ... tudo fodido, a nossa cúmplice  de loucuras olha-nos com ternura e fazendo-nos uma festinha, sussurra-nos “... pára, os putos andam por aí e é melhor não, agora não ... espera mais um bocadinho e já vamos para a cama ...”, e a puta da vontade vai-se. É simples, é isto, é isto que acontece, cabrões dos putos pá!! E a vontade voltar!!!??? Mas que temos vontade, ai isso temos, acreditem.

 

Quando começaram a ler isto, alguns de vós, form pelo racicínio mais fraco “... que a mim dá-me vontade e faço, não sou como estes gajos, pensam o quê ... fraquinhos ...”, daí eu vos explicar agora, que o grande impedimento da boa consecução desta vontade desmesurada em copular constantemente, apesar de não ter nada de doentia, é só uma vontade, legítima, é a forma como essa vontade é gerida;  imaginem a sogra que vive em nossa casa, de repente bater-nos à porta do quarto e perguntar á filha se a tinha chamado, é que só ouvia “ ... pára ... isso não ... senão ... oh minha Mãe oh ...”, não é lá muito agradável pois não?; ou ter um puto que faça a merda toda que quer e lhe apeteça e depois alega e diga que é com consentimento total da mamã, pois cada vez que batia na porta dos papás e perguntava à mãe se podia fazer isto ou aquilo a mamã respondia sempre “ sim ... siiiim ... sim ... oh sim ... força ... foooorça ...”. Ora bem, há que ver as coisas como elas são. Temos que ser comedidos na forma e no espaço em que nos dá a vontade.

 

Três dicas:

1. aos papás que têm filhos pecaninos, arranjem-se com os sogros ou família ou amigos e desmarquem-se dos putos, e fodam desvairadamente ao fim-de-semana e a meio da semana inventem que têm que ficar até tarde no trabalho e os avós que se lixem com os netos;
2. aos papás que têm filhos grandinhos, ponham-nos a andar na sexta à noite e eles que apareçam só na segunda,
3. e a todos os papás, durante a semana, de manhã, bem cedinho, ou à noite, todos os dias quando a vontade aparece, nada como uma boa trepa, daquelas trepas surdas de amarrotar a colcha da cama, isso, para começar ou acabar o dia em pleno ... e que ninguém vos ouça.

 

Agora digam-me lá, se um freak de trinta e tal quarenta e picos, um jovem, cheio de força e vontade, digam lá, se um gajo tem vontade de dar uma valente trepa todos os dias, isto é sinal que está viciado e tem que se ir tratar para uma clínica?! Claro que não, há é que ter vontade em fazer as coisas como elas devem ser feitas, bem feitas, sei lá, apetece-me pá!