Há gentes que são adjectivadas com um fim que de moderno tem tudo mas que de dignidade não tem nada: Descartável. Ou seja, o contratado, isso, são os que ajudam ao desenvolvimento deste castro Ibérico chamado Portugal.
É estiloso dizer que esta recessão leva-nos a drásticos cortes orçamentais o que nos compele a não renovar contratos, tudo para impunemente se delegar a responsabilidade para a Segurança Social em amamentar malta produtiva, para depois esta cortar nas reformas porque a cáfila Lusa vive mais saudável e dura e dura ...bem!
As empresas que nos usam e depois se livram de nós, descartam-se e, é atar e pôr ao fumeiro, sem contemplações.
A seguir vem muito trabalhinho administrativo, muita pedinchice, muito do saber arrogante ganho com a experiência pós-abrilada vem ao decima, e, há que esgalhar um ardiloso projecto que envolva alguém de nome sonante nas calhandrices governamentais para se ganhar subsídios que ajudem a instituição a recompor-se da desgraça que sofreu em deitar fora umas dezenas largas de preservativos que atingiram o prazo de validade.
É nisso que muitos de nós se tornaram, em preservativos da gentalha que ao abrigo de leis dúbias goza das nossas potencialidades, nos dá palmadinhas e atinge orgasmos de fazer arrepiar a pele de um elefante ... governei, soube-me bem, já murchou, deita fora, siga!
Se deixarmos de ser preservativos adaptáveis e os contagiarmos com as nossas verdadeiras necessidades, talvez nos usem de uma forma bem mais humana. Porquê contagiar, porque sim!
Uma coisa do freak do Caeiro que deve ser tomada como referência para os que gozam de ser Portugas.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Somos assim porque sim
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
O seu a seu dono pois eles andam aí ...
Feriados e dias de descanso que calham durante os dias normais de trabalho, são este ano e felizmente, só onze. Finalmente conseguimos ter mais dias produtivos do que dias de tédio e compadrio com a canalhice.
Há que aproveitar. No dia da libertação dos escravos que calha a um sábado, poderia a entidade governante deste burgo, juntar em praça pública todos os que de uma forma ou de outra pertenceram ou pertencem a instituições de diversos ramos, e que estão reformados ou por doença ou porque sim, mas que acumulam entretanto mais que um trabalho e ainda gozam de subsídios de reforma pagos pelo povo.
Neste dia, que é fim-de-semana e não se produz, poderíamos olhar para o palanque onde estarão altaneiros aqueles que connosco gozam de broche vermelho ao peito e gritam liberdade, para lhes atirarmos umas latas a ver quantos caem, tipo Feira Popular e, não tínhamos direito a prémio se derrubássemos todos ou alguns, teríamos sim o prazer de desmantelar em dia de suposta liberdade, a teia de gatunos e aldrabões que desde há 35 anos nos enganam porque deixamos. Ficaria conhecido como o Dia da Libertação dos Medos.
Arrumávamos a questão, caíam por terra os segredos, que existem para ser contados e, o medo desapareceria, ou pelo menos, conheceríamos a cara daqueles que pensam que metem medo e se escondem atrás de cargos e posições de chefia e direcção que só denigrem o bom nome de quem trabalha e gosta de produzir.
A não termos necessidade de enveredar pelo espírito de selvagem canibalesco, podíamos sempre pedir ao mais Sócretino apregoador do sacrifício, para nesse dia, fazer obrigar a publicação da lista de quantos são os que de reforma estatal, ou não, gozam, mas que ainda gastam meias solas e se orgulham de ter mais do que um emprego a ganhar principescamente.
O fisco manda para a berlinda nomes para que se saiba quem deve e quanto deve, porque não se publica também, já que aparentemente e impunemente tudo se faz e se diz que nada de ilegal existe no que aparenta ser desleal, porque não se publica também uma lista de quantos estão reformados por isto ou por aquilo e não podem trabalhar e não-sei-quê mas afinal de contas verifica-se que apesar de estarem em idade adulta ainda mamam!? Porquê? Não se tem conhecimento de gentes que estejam nestas condições?!
Acho que dava para encher muita folha de papel. Já agora, os que mamaram indevidamente, que tivessem o bom senso de fazer o sacrifício, tal como se apregoa ao povo, de devolver na totalidade o que indevidamente nos roubaram. Isso é que era bonito, de homenzinhos. Dever e saber pagar é Honra, roubar e não admitir é vergonha.